Promotores sul-coreanos disseram que prenderam Kim Beom-su, o bilionário fundador da gigante de tecnologia Kakao, por suposta manipulação do preço das ações. O caso está relacionado à aquisição da agência de K-pop SM Entertainment pela empresa no ano passado.

“Kim enfrenta alegações de que orquestrou e aprovou esquemas para colaborar com a operadora de um fundo de private equity para inflar deliberadamente o preço das ações da SM Entertainment para impedir que a Hybe Corp. comprasse a SM Entertainment”, de acordo com a AP News.

Hybe Corp., a agência poderosa por trás do BTS, tentou comprar uma participação de 15% na SM Entertainment que estava sendo vendida por seu fundador afastado Lee Soo-man. Mas Hybe foi frustrada pela resistência da gerência da SM Entertainment e por uma oferta mais rica da Kakao e seus aliados.

Kim (também conhecido como Brian Kim) negou as acusações, de acordo com o gabinete do promotor de Seul, que também disse que outro executivo da Kakao e o chefe de um fundo de ações já foram indiciados no mesmo caso.

Os promotores dizem que buscaram o mandado porque temem que Kim possa fugir ou destruir evidências. Eles têm 20 dias a partir da prisão de terça-feira para apresentar acusações contra ele.

Kim não fez nenhum comentário desde a prisão. No entanto, na semana passada, após uma reunião de equipe, Kakao emitiu uma declaração dele. “As alegações não são verdadeiras. Eu nunca instruí ou tolerei quaisquer atos ilegais”, disse.

A SM é a segunda maior empresa de talentos musicais da Coreia e está atrás de artistas como Super M, Aespa, BoA e Red Velvet, Girls’ Generation, HOT, EXO, Super Junior, SHINee e NCT Dream.

Enquanto a Hybe desistiu de sua tentativa de assumir o controle da SM Entertainment em março de 2023, após uma breve e amarga escaramuça, ela continuou a reclamar sobre a mecânica da aquisição da Kakao. Em abril de 2023, promotores invadiram os escritórios da SM Entertainment em busca de evidências de manipulação do preço das ações.

A Kakao, que entre outras coisas opera a Kakao Talk, a plataforma de mensagens e negócios de jogos dominantes da Coreia do Sul, pode ser significativamente prejudicada se Kim for acusado ou posteriormente considerado culpado, dizem fontes da indústria financeira. Elas sugerem que o caso pode prejudicar sua afiliada bancária, expansão em inteligência artificial e expansão no exterior.

Após uma queda no preço das ações na terça-feira, seguida por uma recuperação parcial na quarta-feira de manhã, as ações da Kakao são negociadas a KRW39.650, avaliando o grupo em KRW17,5 trilhões (US$ 12,6 bilhões). Kim teria uma participação de 24%.

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