Imagem: Bioware/EA

Então o primeiro jogo onde explorei a opção de namorar pessoas do mesmo sexo foi Efeito Fallout 2, você pode se casar e explorar o deserto com seu namorado. Ela não é tão útil, para ser sincero, e nunca foi a companheira que escolhi nos replays. Mas na época, como um adolescente impressionável, era alucinante, certo? Para ser honesto, porém, eu não ganhei muito disso na época. Foi mais, ah, isso parece uma boa travessura, vamos ver aonde isso me leva, vamos ver até quando consigo mantê-la viva. Não foi cobrado.

Não foi até era do Dragão, que joguei quando adulto, que as escolhas românticas nos jogos começaram a significar algo diferente para mim. Morrigan, a bruxa misteriosa que se junta à sua festa logo no início, quase parece uma escolha de romance falso. Ela foi projetada para chamar sua atenção, há uma citação recente (infeliz) de um dos E escritores que realmente revelam o quanto ela deveria ser a opção de apelo sexual. Há um em cada jogo, na verdade, Efeito em massa tinha Miranda. Mas a forma como Morrigan é escrita, a timidez em seu cerne, me fez sentir como se estivesse escapando impune. Jogar como homem provavelmente contribuiu para esse sentimento, porque na vida real o que eu estava fazendo era gay pra caramba, mas no jogo era extremamente heterossexual. Tenho certeza de que ajudou o fato de o jogo forçar você a escolher entre interesses amorosos, se você estiver liderando os dois, algo que só aumenta o drama.

Apreciei principalmente o fato de Morrigan ter sido escrita de uma forma que deixa óbvio que ela sabe que você está olhando, mas no final você descobre que ela estava se certificando disso o tempo todo. Quando a traição veio, foi estranhamente satisfatória: sim, eu não consegui o que queria, mas Morrigan fez o que queria, era fiel ao seu caráter. E o que é mais alegre do que a saudade e a tragédia, realmente? – Patricia Hernandez, ex-editora-chefe

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