Durante anos, o mercado indiano esperou pela estreia pública da Reliance Retail e da Jio Platforms. Mas, em um movimento surpreendente no final do ano passado, Mukesh Ambani, o homem mais rico da Ásia e presidente do conglomerado Reliance Industries, montou uma oferta diferente – uma subsidiária financeira não bancária pouco conhecida – para o mercado.
Essa oferta, a Jio Financial Services, fez sua estreia pública na segunda-feira, cotada a 262 rúpias indianas (US$ 3,15) por ação, preço definido no mês passado em uma sessão especial pelas bolsas locais.
No momento da redação deste artigo, a ação atingiu o circuito inferior em 251,75 rúpias indianas, depois de cair 5%, dando à Jio Financial Services um valor de mercado de US$ 19,2 bilhões. Com essa avaliação, a unidade – que nasceu com uma participação de 6% na Reliance Industries, avaliada em cerca de US$ 12 bilhões – já é a quinta maior empresa de serviços financeiros da Índia.
A Reliance não disse muito sobre o que a Jio Financial Services fará – além de anunciar no mês passado uma parceria com a BlackRock para lançar uma plataforma de gerenciamento de ativos para consumidores na Índia. Nos registros, a Reliance sugeriu que seus serviços podem incluir empréstimos ao consumidor e comerciantes, plataforma de pagamentos, corretagem de seguros, AMC e outros NLFs, escreveram analistas da Jefferies em nota no domingo.
“Os empréstimos ao consumidor incluirão inicialmente o financiamento para bens de consumo duráveis vendidos em lojas de varejo e adicionarão mais empréstimos garantidos posteriormente. A vertical de empréstimos para comerciantes se concentrará em comerciantes nos formatos de supermercado, digital, moda e farmacêutico. No segmento de PMEs, o foco será em empréstimos para capital de giro. Ele construirá plataformas de pagamentos focadas em comerciantes, aumentará o Jio Payments Bank e construirá corretagem de seguros”, escreveram os analistas.
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