O Ibovespa avançava nesta sexta-feira, após dados nos Estados Unidos mostrarem desaceleração da inflação, o que trazia conforto em um momento de preocupação com a possibilidade de juros mais altos por mais tempo no país. Já o dólar opera em queda sobre o real.

Às 10h14, o Ibovespa subia 0,90%, aos 116.775 pontos. Já o dólar caía 0,72%, negociado a R$ 5,0039.

Prédio da B3 em São Paulo
06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

Inflação americana

Nos EUA, os gastos dos consumidores aumentaram em agosto, mas um dado de preços acompanhado pelo Federal Reserve mostrou desaceleração no núcleo, que exclui alimentos e energia.

O índice PCE subiu 0,4% em agosto, após alta de 0,2% em julho, mas o núcleo aumentou 0,1%, de avanço de 0,2% no mês anterior. Nos 12 meses, a alta no índice cheio passou de 3,4% para 3,5%, mas o aumento no núcleo passou de 4,3% para 3,9%.

Em Wall Street, o S&P 500 avançava 0,64%, tendo como pano de fundo também alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

“Isso traz um respiro”, afirmou o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, ponderando, contudo, que ainda há muita preocupação com o movimento de política monetária nos EUA. “Mas o dado de hoje alivia um pouco a pressão”, reforçou.

Prédio do Federal Reserve em Washington

Investidores também continuam acompanhando as negociações para alcançar um acordo sobre os níveis de financiamento do governo dos Estados Unidos para o ano fiscal completo que começa em 1º de outubro.

O movimento nos Treasuries reverberava nas taxas dos contratos de DI, o que beneficiava ações de empresas sensíveis a juros, com o índice do setor de consumo subindo 1,93% e o do setor imobiliário em alta de 2,58%.

Desemprego no Brasil

A taxa de desemprego do Brasil voltou a cair no trimestre encerrado em agosto e chegou ao nível mais baixo em oito anos e meio, mostrando que o mercado de trabalho segue resiliente com queda no número de desempregados para o menor nível desde 2015.

A taxa de desemprego atingiu 7,8% nos três meses encerrados em agosto, a mais baixa desde o trimestre até fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%. Nos três meses imediatamente anteriores, até maio deste ano, a taxa havia ficado em 8,3%.

O dado divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda mostrou forte queda ante a taxa de 8,9% vista no mesmo período do ano anterior.

(*Com informações da Reuters.)

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