Ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília (DF), após prestar depoimento à Polícia Federal (PF) sobre os ataques do dia 8 de janeiro. Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reprodução

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que vai desbloquear mais de 3 mil usuários que foram impedidos, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), de acessar o conteúdo nos perfis oficiais do Palácio do Planalto e de ministérios. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (18).

Jornalistas, formadores de opinião e influenciadores que manifestaram posições contrárias ao ex-presidente estão entre os usuários bloqueados pelas contas do governo anterior. Ao longo dos últimos quatro anos, o Planalto manteve o hábito de bloquear perfis que criticavam ações, medidas e discursos do ex-presidente e ministros em redes sociais.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o desbloqueio desses perfis foi determinado “após cuidadosa análise jurídica”. O órgão também disse que os usuários “foram censurados por ter opiniões diversas à da gestão passada”.

Uma pesquisa de 2021 da ONG Human Rights Watch identificou 176 das contas bloqueadas, a grande maioria no Twitter (atual X). Esse foi um dos motivos que levaram Bolsonaro à fama de “predador” da liberdade de imprensa junto a entidades internacionais.

Veja a nota da Secom na íntegra

“O Governo Federal, em respeito aos valores democráticos de liberdade de expressão, vai desbloquear todos os perfis das redes sociais que foram bloqueados pela gestão passada, a partir desta sexta-feira (18/8).

São mais de 3 mil perfis que não podem ter acesso às redes da Esplanada, do Governo e da Presidência, pois foram censurados por ter opiniões diversas à da gestão passada. O desbloqueio de todos os perfis anteriormente censurados se dá apenas após cuidadosa análise jurídica.

Agora, a Esplanada se une em uma grande ação conjunta para devolver a esses brasileiros e brasileiras o direito de ter acesso a informações e participar das redes sociais dos órgãos do governo do Brasil.”

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