Recentemente, uma polêmica envolvendo a plataforma de comunicação Discord, que é muito popular entre o público gamer, reacendeu o debate em torno da necessidade do monitoramento da atividade dos filhos na internet.

Reportagens realizadas pelo Fantástico, da TV Globo, mostraram que muitos responsáveis não fazem ideia dos tipos de conteúdo de seus filhos estão tendo acesso e nem mesmo com quem estão interagindo em plataformas de bate-papo na internet.

Mesmo com ferramentas como o Google Family Link disponíveis, a maioria dos pais opta por utilizar meios mais “tradicionais” para acompanhar os hábitos de internet de crianças e adolescentes.

É o que revela um levantamento realizado pela Nielsen a pedido do Google. Mesmo com várias empresas de tecnologia oferecendo recursos para supervisão e controle de atividades de crianças na internet,  apenas 17% de todos os pais ouvidos na pesquisa conhecem e utilizam meios tecnológicas de controle parental.

Além disso, a pesquisa revelou alguns dados bem interessantes sobre os hábitos de consumo de crianças e adolescentes na internet. O estudo entrevistou 1.820 pais brasileiros, divididos em três grupos: com filhos de 5 a 8 anos, de 9 a 12 anos e de 13 a 17 anos.

O acesso a internet é predominante via smartphone, com 78% das crianças possuindo celular próprio. Depois disso, os aparelhos mais usados são computadores e notebooks, seguidos de perto por smart TVs, que facilitam o acesso a conteúdos em plataformas de streaming — este método de acesso é o mais utilizado por crianças da faixa etária mais jovem.

A internet é utilizada por todos os grupos para acessar jogos, plataformas de streaming e para pesquisas, que podem ser para a realização de trabalhos escolares ou apenas para propósito poessoal.

Redes sociais e aplicativos de bate-papo não são tão populares entre as crianças mais novas, no entanto, o estudo observa que eles se tornam locais mais frequentados na web por adolescentes a partir dos 13 anos.

De acordo com a pesquisa, a maioria dos pais e responsáveis realizam um monitoramento ativo da atividade dos filhos na internet por meio de supervisão ao vivo, observando e estando perto sempre que os filhos utilizam a internet. No entanto, a pesquisa mostra que está supervisão parental cai significativamente após os dez anos de idade.

Na medida em que as crianças vão crescendo, é natural que, conforme vão ficam mais “independentes”, passem mais tempo longe dos pais, algo que dificulta a realização deste monitoramento em tempo real. Se nas faixas etárias o acesso é predominantemente realizado em casa, o estudo mostra que crianças mais velhas acabam acessando a internet também fora de casa, na rua, escola ou outros ambientes longe do seio familiar.

A pesquisa também mostra que a maioria dos país ouvidos consideram que fazem um controle parental mais constante, entretanto o uso de ferramentas digitais seguem com baixa adesão.

O Google considera que isso acontece por falta de conhecimento das ferramentas disponíveis e também afirmou que está trabalhando para levar ferramentas de controle parental para mais pessoas pera tornar a nevegação de crianças e adolescentes mais segura na internet.

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