O dólar começou esta sexta-feira (18) estável. Na semana, a moeda acumulou ganhos de1,58% e em julho já soma uma alta de 5,33% até a quinta-feira (17). Próximo das 10h, ele batia R$ 5,00 no mercado à vista, máxima da semana.

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Ao redor do mundo, as economias agem cautelosas ao longo da semana com a crise imobiliária e a tensão econômica na China. O aperto de juros por grandes bancos centrais nos Estados Unidos também contribui.

No Brasil, o risco fiscal interno com o aumento de despesas e queda na arrecadação do governo também abala o real, enquanto espera-se uma definição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a reforma ministerial.

Cotação do dólar com China em foco

Investidores seguem focados na crise imobiliária na China, que não dá trégua aos temores sobre a desaceleração da economia local e global, principalmente em mercados emergentes exportadores de commodities, como o Brasil.

Nesta sexta-feira (18), os mercados globais repercutem o pedido de falência feito pela China Evergrande (capítulo 15) nos EUA.

Além disso, dezoito das 38 construtoras estatais listadas em Hong Kong e no continente relataram perdas preliminares nos seis meses encerrados em 30 de junho, ante 11 que alertaram sobre perdas para o ano inteiro em 2022, de acordo com uma contagem da Bloomberg baseada em registros corporativos.

Papéis ligados ao consumo e de fabricantes de softwares lideraram as perdas nos mercados asiáticos nesta sexta-feira por serem mais sensíveis à perspectiva de manutenção de uma política monetária apertada nos EUA e Europa.

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Ocidente reage à China e indicadores econômicos

Na Europa, as bolsas de valores e as principais moedas, euro e libra, são pressionadas também por indicadores:

  • A queda das vendas no varejo no Reino Unido de 1,2% em julho ante junho;
  • Índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro anotou redução de 0,1% em julho ante o mês anterior, com alta anual de 5,3%, como previsto.

Nos Estados Unidos, a agenda mais fraca nesta sexta e incertezas sobre mais aperto monetário ou juro restritivo por mais tempo em combate à persistência inflacionária coloca os investidores em alerta. No radar, um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, na próxima semana no simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos.

Às 9h45, o dólar à vista subia 0,25%, a R$ 4,9941. O dólar para setembro ganhava 0,33%, a R$ 5,0065.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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