Alguns dos produtores mais proeminentes da Colômbia se uniram para formar a PI, uma nova associação de produtores independentes liderada por Cristina Gallego, responsável pelos indicados ao Oscar “Abraço da Serpente” e “Pássaros de Passagem”, que é membro oficial do júri no evento deste ano. 71st Festival de Cinema de São Sebastião.
“A Colômbia se tornou um destino produtivo para grandes empresas devido aos seus benefícios fiscais, o que gerou crescimento, experiência e oportunidades de emprego no setor”, disse Gallego. Variedade.
“No entanto, os membros do PI veem com particular preocupação a necessidade de atenção, atualização e evolução das políticas nacionais e departamentais que apoiam a produção contínua do cinema colombiano, suas vozes, seus artistas e seus cineastas”, disse Gallego, que presidirá lidera a associação junto com o diretor-produtor Franco Lolli (“Gente de Bien”) como vice-presidente, enquanto Diana María Bustamante (“Memoria”, “Land & Shade”) e Manuel Ruiz Montealegre (“Amparo”) atuam como representantes legais.
Já se passaram cerca de 20 anos desde que o cobiçado Fundo de Direito e Desenvolvimento Cinematográfico da Colômbia foi criado, levando a uma explosão da produção cinematográfica e televisiva no país. Mais empresas cinematográficas internacionais, incluindo a Netflix, estabeleceram-se lá.
“Não estamos cortando laços; em vez disso, estamos a reunir-nos para encetar diálogos colectivos com os ministérios para actualizar o sistema. As políticas e os fundos de há 20 anos são inadequados para o tamanho da indústria hoje”, afirmou Gallego.
“Encontrar um equilíbrio é um desafio; por um lado, a produção internacional elevou os preços e, por outro lado, a capacidade de financiamento, o tamanho do FDC (Fundo de Desenvolvimento Cinematográfico) e os benefícios fiscais para os investidores nacionais permaneceram os mesmos durante 20 anos. Neste sentido, é difícil alinhar as expectativas e exigências da indústria com a realidade do cinema colombiano e da sua comunicação internacional”, acrescentou.
“Isso pode parecer duro, mas reflete o sentimento de vários membros desta associação. Sentimos que somos vistos como pessoas cujo hobby é fazer filmes, em vez de sermos reconhecidos como um setor da economia e da cultura. Paradoxalmente, a imagem internacional e a percepção dos países são construídas através dos filmes que criamos. Esta é a atualização que solicitamos – nas políticas, nas perspectivas e no alcance que o cinema colombiano realmente merece”, disse ela.
PI é formada pelas produtoras Antorcha Films, Burning, Casatarántula, Ciudad Lunar, Evidencia Films, Inercia Movies, Laima, Madlove, Medio de Contación, Milagros, Mutokino e Rara Cine.
Outra associação local, a Asocinde, também representa os produtores de cinema. É liderado por Diana Camargo (“The Stoplight Society”), que assumiu as rédeas após o falecimento da querida produtora de cinema e TV Ana Piñeres, uma força motriz por trás da promulgação da lei do cinema.
Mas a diferença está nos seus perfis, disse Gallego que explicou que Asocinde se concentra principalmente nos serviços de produção e na produção mais comercial, com ênfase nas leis de investimento estrangeiro.
“Em contraste, nosso perfil é mais artístico e boutique por natureza, com empresas menores visando expandir as oportunidades e o financiamento para o cinema colombiano”, disse Gallego,