Após a briga pública do Universal Music Group (UMG) com o TikTok, que fez com que a gravadora retirasse seu catálogo completo do aplicativo de vídeo no início deste ano, a empresa está dobrando seu acordo com o Spotify. Na quinta-feira, a UMG anunciou uma expansão de seu relacionamento estratégico com o serviço de streaming de música que se concentrará na “descoberta de música e interação social”, bem como em experiências aprimoradas para os fãs. A adição de videoclipes está incluída entre essas novidades nos EUA
O Spotify anunciou recentemente seus planos de oferecer suporte a videoclipes, dizendo em março que testaria a opção em beta em 11 mercados selecionados – que, na época, não incluíam os EUA. Em vez disso, o recurso seria suportado no Brasil, Colômbia, Alemanha, Indonésia, Itália, Quénia, Holanda, Polónia, Filipinas, Suécia e Reino Unido, disse a empresa.
Com o acordo UMG, os usuários dos EUA também terão a opção de assistir a vídeos musicais em vez de apenas transmitir áudio. As empresas não declararam que parte do catálogo da UMG seria oferecida como vídeos, nem nomearam artistas específicos cujos vídeos seriam incluídos.
O Universal Music Publishing Group no entanto inclui vários artistas populares como Taylor Swift Billie Eilish Ariana Grande Bad Bunny The Weeknd SZA Drake Harry Styles Kendrick Lamar Adele e outros. Esse catálogo de 4 milhões de músicas também foi puxado do TikTok depois que a UMG não conseguiu renovar seu contrato com o aplicativo de vídeo.
Para assistir vídeos, os usuários do Spotify podem acessar uma nova opção “Mudar para vídeo” na tela Reproduzindo Agora do aplicativo. Além disso, se você girar o telefone para o modo paisagem, poderá assistir ao vídeo em tela cheia.
Como parte do novo acordo, o Spotify introduzirá novos recursos promocionais e sociais para ajudar os artistas a gerar entusiasmo em torno de seus novos lançamentos. Por exemplo, os artistas da UMG poderão compartilhar teasers das próximas músicas e os usuários poderão pré-salvar músicas antes de um novo lançamento.
As empresas explorarão outras colaborações em recursos ao longo do tempo, com mais detalhes ainda por vir, disse a UMG em comunicado.
“A UMG tem sido consistentemente um parceiro progressista em nome de seus artistas e compositores, contribuindo para nossos esforços de desenvolvimento de produtos de ferramentas experimentais e adotando-as desde o início para ajudar os artistas a se destacarem”, disse o fundador e CEO do Spotify, Daniel Ek, em um comunicado. declaração. “Os próximos recursos colocarão mais poder nas mãos dos artistas e suas equipes para ajudá-los a se expressarem de forma autêntica, promoverem seu trabalho de forma eficiente e monetizarem melhor sua arte”, acrescentou.
O momento do acordo, é claro, é notável dado o drama em torno do TikTok. Além de enfrentar uma possível proibição nos EUA, o aplicativo de vídeo curto e o UMG não conseguiram chegar a um acordo sobre o uso da música UMG pelo TikTok. Como resultado, o TikTok teve que remover cerca de 3 milhões de músicas pertencentes ou distribuídas pela UMG até 31 de janeiro de 2024. Mais tarde, também teve que remover mais músicas que continham composições controladas pela UMG – ou seja, músicas escritas ou co-escritas por um compositor assinado com o Universal Music Publishing Group.
Ao fazer parceria com o Spotify, a UMG ainda tem uma maneira de promover sua música para os fãs, mesmo que seus artistas percam a capacidade de se promoverem no TikTok. Nos anos anteriores, a perda da música do UMG teria sido um golpe maior para o TikTok, mas dada a mudança do aplicativo de sincronização labial e vídeos de dança para mais vlogs e conteúdo longo, sem mencionar seu controverso impulso ao comércio eletrônicoo impacto pode não ser tão profundo.